Geografia
– Texto 3 – Espaço Agrário Brasileiro
Quando pensamos em espaço agrário, temos que ter em
mente que este espaço está envolvido numa atividade econômica, e por essa
razão, fazendo parte de um Setor Econômico. Setores da Economia, a saber, são
conjuntos de atividades econômicas voltadas à produção de bens e serviço. No
caso a Agricultura e Pecuária, estão classificadas no Setor Primário da
economia brasileira.
O Setor Primário é o setor econômico que agrupa as
atividades relacionadas ao usos dos recursos da natureza – agricultura e
pecuária (solo e água), exploração florestal;extrativismo vegetal (água, solo e
flora); extrativismo animal (fauna); e extrativismo mineral não industrial
(solo e subsolo).
O extrativismo vegetal é a forma mais antiga de
exploração econômica dos recursos brasileiros. Desde a colonização vem sendo
utilizado, e podemos, seguramente dizer, que mesmo antes da colonização era
utilizado pelos nativos donos naturais da terra que venho a ser conhecida como
Brasil.
Quando há modelos de integração entre a agricultura e
a pecuária, em determinado ambiente em que o ser humano atua como administrador
e consumidor, chamamos de Agrossistemas.
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O espaço rural é uma das paisagens produzidas pelas
atividades humanas e caracteriza-se por diferentes elementos, sendo bem
definidas nas suas ocupações para a produção de subsistência de determinada
sociedade.
Nessas paisagens, identificam-se elementos singulares
dos grupos sociais que formam a comunidade, pois os espaços são apropriados de
acordo com as atividades de produção, circulação, consumo de bens produzidos e
de manifestações culturais que cada grupo social produz. Essas características
são peculiares, pois revelam o predomínio de áreas de agricultura e de criação
de animais.
Para atender a produção, são comuns ambientes espaçosos,
entrecortados por estradas que ligam as propriedades aos centros de
armazenamento e comercialização. As vilas rurais crescem conforme a
modernização do campo, e muitas possuem alguma infraestrutura urbana, como
centros comerciais, bancários, educacionais e de saúde, principalmente, com
sistema de transporte. Isso permite formar uma malha de comunicações com outras
vilas e, também, com os centros urbanos de maior expressão. Não obstante a
isso, essas comunidades são ainda conhecidas como Sociedades Tradicionais.
Nesses locais, identificam-se elementos singulares dos
grupos sociais que formam a comunidade, pois os espaços são apropriados de
acordo com as atividades de produção, circulação e consumo dos bens produzidos
e das manifestações culturais que cada grupo social produz.
Em relação aos agrossistemas, os tipos de produção decorrem
das técnicas empregadas pela sociedade e estão relacionadas ao nível
tecnológico daquele grupo social que ocupa o espaço geográfico.
As atividades agropecuárias podem ser praticadas de
forma intensiva e/ou extensiva. A opção por uma dessas formas influenciará a
produtividade e a qualidade ambiental e de vida da população. Já a atividade
extrativa depende da presença e da quantidade de determinados recursos
naturais. Conforme a disponibilidade dos recursos minerais, vegetais e animais
de cada país, esse setor terá maior ou menor participação na economia.
Essas atividades influenciam a qualidade ambiental do
país, conforme a relação existente com o ambiente, pois esta pode gerar
impactos negativos. Isto é, se o país não planejar adequadamente o
extrativismo, o ambiente será afetado por conseqüências negativas.
Atividades
econômicas do espaço rural:
Os recursos naturais são classificados como renováveis
e não renováveis. Os recursos naturais renováveis se refazem no ciclo da
natureza, mantendo a oferta disponível podendo, dessa forma, ser recuperados.
Já os recursos naturais não renováveis existem em quantidade fixa, e seu tempo
de renovação é geológico, ou seja, não se recuperam no tempo civil para que a
sociedade humana continue a utilizá-los. Por exemplo, minerais, como ferro,
cobre, ouro; e combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral.
Os recursos naturais são retirados da natureza para
suprir as necessidades dos seres humanos. Muitos são transformados por meio de
processos industrialização, gerando novos produtos. A retirada desses produtos
deve ser feita de forma planejada, para que não afete o equilíbrio ecológico e
a reposição natural.
Classificação
da Agricultura:
A agricultura pode ser classificada de duas maneiras:
Intensiva e Extensiva.
Agricultura
Intensiva: Tem como objetivo a alta
produtividade. Envolve alto capital e recursos tecnológicos, geralmente tem em
vista a exportação. São aplicadas técnicas modernas e contam com mão de obra
especializada, que envolve desde pesquisadores cientistas, a funcionários
especializados no maquinário e conhecimento do solo.
Agricultura
Extensiva: É aquela em que a terra é
fator predominante da atividade agrícola, com baixa produtividade. Geralmente é
feita sem recursos especializados e maquinários avançados. O trabalho por vezes
é braçal e não necessita de grande capital. Destiná-se a agricultura de
subsistência e industrial de pequeno porte. Sua produtividade é relativamente
baixa.
Alguns Tipos
de Agricultura:
Agricultura
sem solo: tipo de agricultura
científica em que os cultivos se desenvolvem sobre um substrato, que pode ser
água (hidroponia) ou areia, em estufas, longe do solo natural, estabelecendo-se
um rigoroso controle do ambiente de crescimento da planta: monitoramento da
temperatura, oxigenação das raízes, adequação da umidade, quantidade
cientificamente calculada de fertilizantes e nutrientes. A produtividade desse
tipo de agricultura é pequena, necessita de pouca mãe de obra e da supervisão
de técnicos especializados.
Agricultura
especulativa: tipo de agricultura em
que o primeiro objetivo é a produção em larga escala para exportação, visando
altíssimos lucros, em curto espaço de tempo. Caracteriza-se pela concentração
fundiária (grandes propriedades), utilização de sofisticada tecnologia, uso de
adubos químicos e agrotóxicos e especialização agrícola (cultivo de um único
produto). Liga-se à industria de máquinas, equipamentos e insumos agrícolas e,
por isso, é considerada uma atividade empresarial.
Agricultura
de precisão: produz grande quantidade
de dados e dependem dos resultados científicos do detalhamento e informações
obtidas, por meio do monitoramento georreferenciado e integração de diversas
variáveis entre o solo, a planta e o clima. A finalidade da produção dos dados
é dimensionar corretamente as zonas de manejo diferenciado que condicionam a
produtividade agrícola, racionalizando a aplicação de insumos, como adubos,
fertilizantes, controle de pragas, temperatura, umidade, etc. Ainda está em
experimento em nosso país.
Agricultura
biológica ou orgânica: tipo de
prática agrícola que exclui a utilização de fertilizantes químicos e de
pesticidas. O principal objetivo da agricultura biológica é evitar a poluição
(causada por adubos químicos e agrotóxicos), preservando o solo por meio de sua
correta utilização, adubando-o naturalmente e obtendo, conseqüentemente,
produtos de qualidade.
parabéns pelo texto
ResponderExcluirótimo pensamento