Teodicéia
Teodicéia
é um conceito filosófico-teológico que parte do pressuposto da existência de
Deus e tem como objetivo o entendimento desse Deus. Sendo assim, Teodicéia,
grosso modo, significa a justificação de Deus por intermédio da razão, em
outras palavras é a explicação teológica sob à luz da razão, o que para muitos
pesquisadores é uma incoerência, uma vez que para esses as questões teológicas
envolvem unicamente a fé.
O
texto que se segue busca esclarecer um pouco esse conceito e auxiliar os
leitores a compreendê-lo e a se posicionarem em relação a ele. Para tal,
utilizarei, na íntegra, um texto bastante esclarecedor utilizado pelo professor
Theobaldo Miranda Santos, em seu curso de filosofia e ciências e que foi
publicado pela Companhia editorial Nacional, no ano de 1961, com o título de
Manual de Filosofia.
Prof. Maicon Martta
I.
Noção de
Teodicéia
Definição: Segundo sua etimologia, teodicéia significa justificação
de Deus. Esta denominação foi, a princípio, reservada às obras destinadas a
defender a Providencia contra as dificuldades suscitadas pelo problema do mal.
Mais tarde, teodicéia tornou-se
sinônimo de teologia natural,
aplicando-se ao estude de Deus pela razão.
A teodicéia representa, portanto, uma
ciência racional por que se baseia nos recursos naturais na inteligência
humana. Distingue-se da teologia que
estuda Deus à luz dos dados da Revelação.
Método: Devido ao caráter transcendente
do seu objetivo, a teodicéia não é
uma ciência experimental, como a física ou a química. Não representa também uma
ciência abstrata e a priori, como a
geometria, pois o seu objeto não é uma simples abstração e sim a mais real e
concreta das realidades.
Sendo Deus
absoluto e real, infinito e concreto, e só podendo ser apreendido pelos seus
efeitos, a melhor maneira de estudá-lo é partir da observação dos fatos para
daí subir, por meio da razão, até o infinito e absoluto.
Divisão: A ideia de Deus compreende
três noções: essência absoluta: Deus
existe por si, independente de toda plenitude do ser e da perfeição; existência perfeita: Deus abrange em sua
natureza a plenitude do ser e da perfeição; causalidade
universal: Deus é a razão de ser e a causa primeira de tudo o que existe.
II.
Existência
de Deus
Demonstração da existência de Deus: Antes
de abordar o estudo das provas da existência de Deus, convém verificar se essas
provas são necessárias e possíveis. Os ontologistas,
por exemplo, afirmam que é uma tarefa inútil demonstrar a existência de
Deus, enquanto que os fideístas e agnósticos negam a possibilidade dessa
demonstração. Comecemos por examinar esses dois pontos de vista.
Argumento Ontológico: Os ontologistas
proclamam que não é necessário demonstrar a existência de Deus, pois, na sua
opinião, a existência de Deus é evidente
por si mesma e que não se demonstra a evidência.
Centros
ontologistas (Malebranche, Gioberti) admitem que temos a intuição de Deus na intuição do ser universal, donde o nome
de ontologismo conferido a essa
doutrina. Outros (Sto. Anselmo, Descartes) se limitam a afirmar que a existência de Deus é evidente a priori,
bastando para isso compreender o que significa a palavra Deus. Com efeito,
dizem eles, a palavra Deus que dizer “o Ser que tem todas as perfeições”. Ora,
a existência é uma perfeição, logo Deus existe. Não se pode, portanto, conceber
Deus, sem apreender, ao mesmo tempo, sua existência.
O argumento
ontológico é falso. A intuição do ser universal ou inteligível não representa a
intuição de Deus ou do Ser infinitamente perfeito, mas apenas a intuição do ser
indeterminado. Por outro lado, não é evidente para todos, mesmo entre os
deístas, que Deus seja um ser absolutamente perfeito. Muitos filósofos têm
confundido Deus com o mundo e certos povos tem emprestado uma natureza divina
aos astros, aos animais, etc.
Além disso, o
argumento ontológico constitui um verdadeiro sofisma, pois passa,
indevidamente, da ordem lógica para a ordem real. É claro que não posso
conceber um ser perfeito, sem o conceber como existente (ordem lógica), mas
isto não prova que esse ser perfeito exista realmente (ordem real). Sendo
assim, torna-se a necessária a demonstração da existência de Deus.
Argumento fideístas e agnóstico: Os
fideístas admitem que a existência de Deus é um problema que ultrapassa os
recursos da razão humana, só podendo, por isso, ser resolvido pela fé. Os
agnósticos negam à razão e à fé o poder de provar a existência de Deus. Na sua
opinião, nosso conhecimento não vai além da experiência sensível. Logo, tudo
que transcende o plano dos sentidos é inacessível ao conhecimento humano e,
portanto, indemonstrável. É o caso da existência de Deus.
Ora, como
mostra Sto. Tomás, nosso conhecimento de Deus tem, realmente, uma origem
sensível, pois parte dos efeitos sensíveis do poder divino. Sob esse aspecto,
não podemos ter um conhecimento perfeito de Deus, pois não existe nenhuma
proporção entre a natureza divina e suas obras sensíveis. Mas a demonstração
fornecida por essas obras nos permite conhecer Deus como causa das mesmas. Por
conseguinte, ao contrário do que supõem os fideístas e agnósticos, a
inteligência humana, partindo dos efeitos sensíveis, pode elevar-se, por meio
do raciocínio, até à natureza e atributos da Causa Primeira da realidade
universal.
Provas da existência de Deus:
Dividem-se as provas da existência de Deus em provas metafísicas e provas
morais, conforme parte da realidade objetiva do universo ou da realidade
moral. Na verdade, porém, toda prova de Deus é metafísica, uma vez que a
existência de Deus não é objeto de apreensão intuitiva e só pode ser
demonstrada à luz de princípios metafísicos.
1)
Provas Metafísicas:
A existência do mundo: O mundo existe.
Ora, o mundo, - que é contingente, que não existe por si mesmo, que não tem em
si próprio a razão suficiente de sua existência, que não poderia ter-se
originado do nada ou do acaso -, só pode existir pela ação de um Criador
incriado, eterno e necessário que é Deus.
A existência do movimento: O movimento
existe no mundo. Ora, o movimento não é essencial, mas acidental à matéria. A
existência do movimento precisa, para sua explicação, de um primeiro motor
imóvel, princípio necessário e imutável de todo movimento. O dinamismo
incessante do universo supõe um impulso inicial que só poderia ter sido dado
por Deus.
A existência da vida: A vida existe
sobre a terra. Ora, a terra não tendo possuído sempre seres vivos, como provam
as observações geológicas; a vida só podendo originar-se da vida, como atestam
as experiências biológicas; os seres vivos só podendo gerar seres semelhantes a
si mesmos, - como explicar a existência da vida em todos os seus graus, sem a
intervenção de um poder superior às forças da matéria, de um ser criador
transcendente, enfim, de Deus?
A existência da ordem do universo: Todo
efeito em que se verifica a escolha de meios adequados para atingir um fim,
supõe uma causa inteligente. Toda ordem implica uma razão ordenadora. Ora, no
universo, quer no seu conjunto ou na suas partes, quer na sua natureza física,
orgânica ou psíquica, vamos encontrar uma coordenação harmoniosa e perfeita de
meios e de fins. Logo, a existência da ordem do universo prova a existência de
um ordenador perfeito, de uma causa infinitamente sábia que é Deus.
2)
Provas Morais:
A existência da lei moral: Todo ser
livre tende a realizar, na medida do possível, seu fim particular que é o bem
moral, e seu fim universal que é o bem supremo. A lei moral ou princípio do
dever existe e se impõe à nossa razão e à nossa vontade: o homem tem a noção do
dever, que o impele a fazer o que é bom e evitar o que é mau. Ora, essa lei – que
não poderia provir do mundo físico, nem da natureza humana, masque existe
formada em nossa consciência –, supõe uma causa e uma autoridade, que tenham os
mesmos caracteres que ela, isto é, que sejam universais, imutáveis e eternas.
Logo, como
não há lei sem legislador, obrigação sem autoridade, e autoridade sem um ser
real que a exerça, Deus existe como causa suprema da noção do dever, e como
autoridade que confere ao principio do dever o seu caráter imperativo absoluto.
O mérito e o demérito: Todo ato conforme
ou contrário à lei moral merece uma recompensa ou penalidade proporcional ao
seu grau de bondade ou maldade. Por conseguinte, o principio do mérito e do
demérito existe e nosso espírito o concebe como complemento necessário do
principio do dever.
Ora, esse
princípio que não deriva do mundo físico ou da natureza humana; que é universal,
imutável e eterno como o princípio do dever; que não constitui apenas um fato
intelectual, mas a garantia absoluta duma sanção perfeita, adequada à lei
moral, implica a existência de uma causa real e absoluta, isto é, Deus.
O consentimento universal: A ideia de
Deus não é apanágio dos filósofos e dos cientistas, nem uma noção moderna ou um
conceito da civilização ocidental. “É uma ideia universal no tempo e no espaço”.
Em todos os quadrantes da terra, em todas as formas de cultura, em todos os
povos, ao longo de toda a história, sábios ou ignorantes tem proclamado sua
crença num Senhor soberano do universo. “Nem as mitologias, observa Jolivet,
por vezes tão estranhas, onde se manifesta a crença em Deus, nem o ateísmo que
se encontra na história, sobretudo contemporânea, podem dissimular o fato
indiscutível do consentimento unânime do gênero humano em torno da existência
de Deus”.
Esta
universalidade de opinião demonstra que a crença em Deus se apóia sobre razões
poderosas e acessíveis a todas as inteligências, e que resulta do exercício
normal do pensamento humano quando obedece às suas exigências racionais.
As aspirações da alma humana: O
sentimento religioso, isto é, o conjunto das aspirações que levam o homem a
procurar, além dos seres finitos, um ser infinito, perfeito e absoluto, onde
possa realizar a satisfação plena e integral das suas tendências para a
verdade, para a beleza e para a bondade, existe em todas as criaturas humanas e
aparece com um relevo mais acentuado nas almas mais puras, inteligentes e
livres.
Ora, esse
sentimento que representa um dos elementos constitutivos da natureza do homem é
uma tendência tão real e viva como qualquer outra inclinação física,
intelectual ou social. Deve, portanto, possuir uma causa e um objeto reais: uma
causa soberanamente boa, inteligente e perfeita e um objeto com idênticos
caracteres. É para essa causa e para esse objeto, aureolado por tais
caracteres, que o sentimento religioso impele, irresistivelmente, a nossa alma.
Por conseguinte, Deus existe como causa e objeto do sentimento religioso e das
aspirações superiores da alma humana.
A experiência mística: Certas almas
privilegiadas, profundamente religiosas, como São Paulo, São Francisco de
Assis, Santa Teresa São João da Cruz, etc., tem afirmado ter estado em contato
direto e vivo com Deus, de uma maneira que ultrapassam todos os meios de
expressão humana. Nesse “contato experimental” tiveram o ensejo de desfrutar,
com irresistível evidencia, a presença soberana de Deus.
Poderíamos
admitir, sem dúvida, como observa Jolivet, que essa “experiência mística”
constitui simples ilusão. Mas essa interpretação se apresenta cheia de
dificuldades insuperáveis quando atentarmos para o fato de a referida
experiência se ter realizado com espíritos lúcidos e sadios, com caracteres
retos, puros e leais, com pessoas cuja vida foi sempre um modelo de equilíbrio,
de elevação e de bondade.
O argumento
baseado no fato místico consistirá, portanto, em dizer que essa experiência
mística das grandes almas cristãs é absolutamente inexplicável se a intervenção
de Deus. Não é possível acreditar que todos esses espíritos religiosos se
tenham enganado ao afirmarem, com convicção serena e inabalável, a existência
das mesmas realidades sobrenaturais que conheceram por experiência pessoal.
Resta apenas concluir, com Bérgson, que há, na unanimidade dos grandes místicos
cristãos, ao descreverem suas experiências, “o sinal de uma identidade de
intuição” que só se explica “pela existência real do Ser e com o qual (os
místicos) se crêem em comunicação (R. Jolivet, Cours de philosophie, 1938, p.268.)
III.
Natureza e
atributos de Deus
Natureza de Deus: O homem pode
elevar-se, por meio de sua inteligência, até o conhecimento da natureza divina.
Para isso, utiliza-se dos efeitos dessa natureza na realidade universal. Como
os efeitos apresentam sempre alguma semelhança com a causa que os produziu,
nosso conhecimento da natureza divina, é, sem dúvida, real. Mas permanece
incompleto e imperfeito, uma vez que uma coisa só pode ser conhecida
perfeitamente quando considerada em si mesma. Como Deus é perfeição absoluta e
infinita e nossa inteligência relativa e limitada, jamais poderemos aprender a
natureza divina na plenitude dos seus atributos.
Atributos de Deus: Podemos distinguir
em Deus três espécies de atributos: atributos
entitativos ou metafísicos, que nos mostram Deus como ser e substancia
absolutos; atributos operativos, que
no-lo revelam como ser espiritual em suas operações ou atos; atributos morais, que no-lo manifestam
como pessoa moral.
1)
Atributos Entitativos:
Simplicidade: Deus não é composto de
partes, pois toda composição implica imperfeição. O composto depende,
necessariamente, dos elementos que o constituem. Deus é, portanto,
perfeitamente simples.
Infinidade: Deus é infinito, isto é,
sem limite em seu ser, pois é o ser por si, o ser que existe por sua própria
essência. Nada existe além e acima de Deus, que de nada depende e ao qual tudo
está subordinado.
Unicidade: Sendo infinitamente simples,
Deus é infinitamente uno e indivisível. Mas é também absolutamente único. Supor
dois ou mais Deuses igualmente perfeitos, seria absurdo. Dois Deuses seriam
idênticos e então se confundiriam, ou seriam diferentes e então não poderiam
ser ambos infinitamente perfeitos.
Imensidade: Sendo infinito, Deus não
pode ser circunscrito ou limitado por qualquer coisa. A imensidade é a
perfeição infinita pela qual Deus, sem ser extenso, ou ocupar algum espaço,
porque é absolutamente simples, o enche integralmente com a sua presença e
onipotência.
Imutabilidade:
Toda mudança constitui um progresso ou uma decadência. Só mudam e se
transformam os seres imperfeitos. Sendo necessariamente perfeito, Deus é
imutável, isto é, permanece necessariamente idêntico a si mesmo, sem nenhuma
mudança ou variação.
Eternidade: Sendo necessário e
infinito, Deus não tem começo nem fim. Só possuem duração limitada os seres
imperfeitos. Deus, sendo infinitamente perfeito, é eterno. Não tem passado,
futuro, nem presente.
2)
Atributos Operativos:
Inteligência: Sendo tudo, em Deus,
infinito, sua inteligência e sua ciência são também infinitas. Para saber, ele
não precisa raciocinar. Tudo vê e conhece por intuição direta e imediata.
Vontade: A vontade divina não possui
limite e é livre de todo obstáculo. A Deus basta querer para fazer. Age com
absoluta independência e sem contradição. Deus é onipotente.
3)
Atributos Morais:
Sabedoria: A inteligência infinitamente
perfeita de Deus gera a sabedoria absoluta que o faz empregar os meios mais
eficazes para os fins mais dignos. Deus tudo governa com inteligência,
segurança e ordem.
Bondade: Deus é amor infinito e
perfeito. Ama as coisas segundo seu valor e na proporção do seu mérito. Sendo o
Bem supremo, ama a si mesmo e a todos os seres criados, na medida em que
participam da sua infinita perfeição, isto é, que imitam sua essência
divina.
Justiça: Sendo em grau infinito,
inteligente, sábio e bom, Deus é justo. Possuindo santidade absoluta que é
ordem do amor, Ele age com justiça infinitamente perfeita. Por isso, pune o mal
e recompensa o bem.
IV.
Relações de
Deus com o mundo:
Deus e o Mundo: Na explicação das
relações de Deus com o mundo, cumpre-nos evitar os seguintes erros:
a) o dualismo, que admite a coexistência de
dois princípios, um de perfeição e outro de imperfeição, ambos eternos e
necessários, concorrendo ambos para a formação do mundo; b)o panteísmo, que afirma a identidade substancial de Deus e do
mundo; c) o antropomorfismo, que
humaniza Deus ou diviniza o homem.
O dualismo é a negação da natureza divina;
o panteísmo é contrário à experiência
e à realidade moral; o antropomorfismo
é absurdo dada a contingência e imperfeição do homem.
Criação e providência: As relações
entre Deus e o mundo são explicadas de maneira racional pela doutrina da criação e da providência. Segundo a concepção criacionista, Deus, pelo seu poder
e bondade infinitos, tirou o mundo do nada, isto é, sem perda da sua
substância, deu existência ao mundo. Segundo a concepção providencialista, Deus
não abandonou o mundo depois de criá-lo. Continua, ao contrário, influir, a
todo momento, sobre o mundo, com sabedoria e amor, para conservar e dirigir no
sentido dos fins estabelecidos pela ordem da criação.
Imanência e Transcendência: O estudo da
natureza de Deus e das suas relações com o universo nos mostra que Ele é imanente e transcendente ao mundo. Isto
significa que Deus está unido ao mundo que criou, mas dele se distingue como
realidade independente. Sendo a causa Primeira de tudo o que existe, Deus é imanente pela sua presença continua e
atuante, pos os seres existem e subsistem pela influencia constante do seu
poder criador e providencial. Essa imanência não deve ser entendida como identificação com o mundo, o que seria
incidir no erro panteísta.
A imanência ou
presença divina não exclui a transcendência, isto é, a absoluta independência
de Deus do universo e o seu absoluto domínio sobre todas as coisas. O exame da
natureza e atributos divinos que acabamos de realizar nos leva à conclusão de
que Deus, sendo um Ser infinito, substancialmente distinto do universo que
criou, conserva e dirige, é um Ser pessoal,
isto é, dotado de uma personalidade
autônoma, inteligente e livre.
(Theobaldo
Miranda Santos – Manual de Filosofia)
Levando em consideração à contribuição do
professor Theobaldo Miranda Santos, percebe-se que Teodicéia é uma forma de explicação racional de Deus,
justificando-o não pela Revelação (os livros sagrados religiosos, como a
Bíblia, o Tora, o Alcorão etc.), mas pela razão, tendência que ficou conhecida
posteriormente de Teologia Natural. Sendo assim, a teodicéia não é uma ciência experimental e nem empírica, mas parte
dos efeitos e da observação dos fatos, num esforço racional de entendimento.
A crença em Deus e a relação com o que se
considera Sagrado ou Divino, é um traço cultural humano e inerente a ele. Essa
crença é uma etapa clara do desenvolvimento intelectual do homem. O ser humano
só pôde desenvolver um sistema de crença depois de compreender a sua limitação
perante o deslumbre da natureza. Na tentativa de compreensão daquilo que se
considerava infinito, eterno e inabalável, o homem percebeu sua finitude, sua
dependência e sua necessidade de projetar suas esperanças em algo que o ligasse
àquilo que tinha como sagrado, condição que levou à origem daquilo que chamamos
de Religião.
Prof.
Maicon Martta
Bibliografia Consultada:
SANTOS, Theobaldo Miranda. Manual de Filosofia. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1961.
Dica de Leitura:
- As
Máscaras de Deus – Joseph Campbell