Filosofia
– Texto 7 – Sofistas – Sócrates – Platão
Relativismo Moral:
Na época de Sócrates Atenas representava o centro Cultural do mundo
grego. Em Atenas desenvolvia-se, pouco a pouco, uma democracia com assembléias
populares e tribunais. Um pressuposto para a democracia era o fato de que as
pessoas recebiam educação suficiente para poder participar dos processos
democráticos. Entre os atenienses era particularmente importante dominar a arte
de Bem Falar: A Retórica.
Com todo o progresso cultural, não demorou para que um grupo de
mestres e filósofos itinerantes, vindo das colônias gregas ao redor, se
concentrasse em Atenas. Eles se denominavam Sofistas.
Os sofistas eram pessoas estudadas, versados em determinados assuntos e
ganhavam a vida em Atenas ensinando os cidadãos.
No entanto, os Sofistas não estavam interessados diretamente com a
Verdade; mas sim em ensinar bem – principalmente a Falar Bem, não importava o
que fosse, mas tinha que ser Bem.
“O homem é a medida de todas as coisas”, disse o mais importante dos
sofistas, Protágoras. Com isso ele queria dizer que o certo e o errado, o bem e
o mal sempre tinham de ser avaliados em relação às necessidades dos homens.
Assim, negava a existência de um critério absoluto para distinguir o verdadeiro
do falso, ou o bom do mau. Em outras palavras, o que é bom ou ruim, o que
convém ou não convém, depende do julgamento pessoal de cada um de nós.
Dessa forma tudo o que acontece se apresenta para os homens e é ele
que deve julgar. Com isso deu-se origem ao Relativismo,
que no campo da Moral foi chamado de Relativismo
Moral.
Sócrates não aceitou essa proposição dos sofistas que, levada ao
extremo, conduziria a um total desregramento social, já que ficaria ao encargo
de cada individuo decidir o que é melhor em cada ocasião.
Sócrates considerava a verdade acima de tudo e, ao contrário dos
sofistas, sustentou que existe um saber universalmente válido que decorre do
conhecimento da essência humana, a partir da qual se pode conceber a fundamentação
de uma moral universal, e um agir ético racional.
Essa fundamentação era a Razão. Assim sabendo-se o que é certo o homem
agiria certo guiando-se pelas virtudes. Platão, principal discípulo de
Sócrates, segue o mesmo principio do mestre, aprofundando esse racionalismo.
Bibliografia Consultada:
- História da Filosofia. Organização e Texto Final: Bernadette
Siqueira Abrão. São Paulo: Nova Cultural, 2004.
Dicas de Leitura:
- Apologia à Sócrates – Platão
- Sofista – Platão
- Elogio da Loucura – Erasmo de
Roterdã
Nenhum comentário:
Postar um comentário