quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


Filosofia – Texto 7 – Sofistas – Sócrates – Platão



Relativismo Moral:



Na época de Sócrates Atenas representava o centro Cultural do mundo grego. Em Atenas desenvolvia-se, pouco a pouco, uma democracia com assembléias populares e tribunais. Um pressuposto para a democracia era o fato de que as pessoas recebiam educação suficiente para poder participar dos processos democráticos. Entre os atenienses era particularmente importante dominar a arte de Bem Falar: A Retórica.

Com todo o progresso cultural, não demorou para que um grupo de mestres e filósofos itinerantes, vindo das colônias gregas ao redor, se concentrasse em Atenas. Eles se denominavam Sofistas. Os sofistas eram pessoas estudadas, versados em determinados assuntos e ganhavam a vida em Atenas ensinando os cidadãos.

No entanto, os Sofistas não estavam interessados diretamente com a Verdade; mas sim em ensinar bem – principalmente a Falar Bem, não importava o que fosse, mas tinha que ser Bem.

“O homem é a medida de todas as coisas”, disse o mais importante dos sofistas, Protágoras. Com isso ele queria dizer que o certo e o errado, o bem e o mal sempre tinham de ser avaliados em relação às necessidades dos homens. Assim, negava a existência de um critério absoluto para distinguir o verdadeiro do falso, ou o bom do mau. Em outras palavras, o que é bom ou ruim, o que convém ou não convém, depende do julgamento pessoal de cada um de nós.

Dessa forma tudo o que acontece se apresenta para os homens e é ele que deve julgar. Com isso deu-se origem ao Relativismo, que no campo da Moral foi chamado de Relativismo Moral.

Sócrates não aceitou essa proposição dos sofistas que, levada ao extremo, conduziria a um total desregramento social, já que ficaria ao encargo de cada individuo decidir o que é melhor em cada ocasião.

Sócrates considerava a verdade acima de tudo e, ao contrário dos sofistas, sustentou que existe um saber universalmente válido que decorre do conhecimento da essência humana, a partir da qual se pode conceber a fundamentação de uma moral universal, e um agir ético racional.

Essa fundamentação era a Razão. Assim sabendo-se o que é certo o homem agiria certo guiando-se pelas virtudes. Platão, principal discípulo de Sócrates, segue o mesmo principio do mestre, aprofundando esse racionalismo.



Bibliografia Consultada:


- História da Filosofia. Organização e Texto Final: Bernadette Siqueira Abrão. São Paulo: Nova Cultural, 2004.


Dicas de Leitura:

- Apologia à Sócrates – Platão

- Sofista – Platão

- Elogio da Loucura – Erasmo de Roterdã

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