Geografia – Texto 7 – Produção
Agropecuária Brasileira:
Produção Agropecuária
Brasileira:
A pecuária é uma atividade tradicional, relacionada à criação e
produção de animais, tais como: bovinos, suíno, ovinos,caprinos, aves, peixes,
etc. São diversas as finalidades da criação de animais, sendo as mais comuns o
fornecimento de carne, leite, couro, lã, mas também serve como força de
trabalho e meio de transporte. É uma atividade complementar à agricultura e,
atualmente, devido às pressões do mercado internacional, tem se modernizado com
a utilização de técnicas, como inseminação artificial, controle de doenças e de
parasitas, monitoramento do crescimento e engorda, alimentação balanceada, etc.
A ciência que se dedica ao estudo dos rebanhos é a Zootecnia.
A pecuária pode ser de dois tipos, a saber:
Criação extensiva – é
aquela que apresenta baixa produtividade, densidade ou concentração de criação
e cultivos associados por hectares, independentemente do tamanho da área de
criação. O gado geralmente é solto nas pastagens.
Criação intensiva –
apresenta elevada produtividade, concentração de criação e cultivos associados
por hectare, independentemente do tamanho da área de criação. O gado geralmente
é confinado, isto é, preso, e alimentado por ração.
Apesar do crescente aumento da produção, a agricultura brasileira
apresenta baixa produtividade por hectare, em função do predomínio de
tecnologias inadequadas, da concentração de terras e dos baixos preços obtidos
pelos produtos agrícolas, tanto no país quanto no Exterior. As pequenas
propriedades ocupam cerca de 14,7% da área total e empregam aproximadamente 78%
da mão de obra rural. Já as grandes propriedades (área maior de 1000 ha) ocupam
57,4% da área total e empregam em torno de 4% da mão de obra, em função da
mecanização. Os pequenos estabelecimentos foram os principais responsáveis pela
produção de alimentos (suínos, aves, ovos, feijão, arroz), enquanto os grandes
e médios se dedicaram aos gêneros de exportação (café, soja), à cana-de-açúcar
para a produção de álcool ou à pecuária.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de café, banana,
mandioca, cana-de-açúcar, laranja, cacau, milho e soja. Também produz amendoim,
fumo, algodão e arroz. O café, introduzido no país no século XVIII, adaptou-se
aos solos da Região Centro-Sul (RJ e SP) graças a fertilidade da terra roxa,
expandindo-se para o norte do Paraná e sul de Minas Gerais. A cana-de-açúcar
teve sua cultura bastante aumentada na década de 1970, em função do Proálcool,
programa governamental para a produção de álcool combustível. Áreas antes
policultoras foram ocupadas pela monocultura de cana-de-açúcar, principalmente
no interior paulista.
A produção de cacau está quase totalmente concentrada na região
superúmida da Bahia, em Ilhéus e Itabuna. Nessa área, ele é cultivado em
grandes propriedades. Os produtos de consumo interno são milho, arroz e feijão,
que fazem parte da alimentação básica do brasileiro. Em caso de queda na
produção desses alimentos, é necessário importá-los. O cultivo do milho ocupa
quase 25% da área total cultivada do Brasil e é realizado em todas as unidades
federativas do país.
A produção brasileira de arroz está entre as quinze maiores do mundo.
No Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, é cultivado em áreas alagadas
(arroz de várzea), destacando-se a Depressão Transversal (Vale do Jacuí), na
Campanha e no litoral lagunar. Na região agrícola, formada pelo sudoeste de
Goiás (segundo produtor nacional), Oeste Paulista e Triângulo Mineiro,
cultiva-se o arroz de sequeiro (em terra seca), por meio de um sistema rotativo
em que seu plantio é alternado com o cultivo de forrageiras para o gado.
O trigo é um cereal cujo plantio é próprio de climas temperados e sua
produção concentra-se na Região Sul, principalmente no Paraná e no Rio Grande
do Sul. Geralmente, o cultivo é feito em rotação com o cultivo de soja, em
médias e grandes propriedades. Apesar disso, o Brasil importa mais da metade do
trigo consumido no mercado interno. A soja, utilizada principalmente na
produção de óleo comestível e na alimentação do gado, é cultivada em Mato
Grosso, Paraná (principais produtores), Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande
do Sul e Tocantins.
Os Estados Unidos é o maior produtor de carne bovina, ficando na
segunda colocação a produção de carne brasileira. De acordo com os dados da FAO
(Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura), em termos de
quantidade de cabeças, o Brasil possui o segundo maior rebanho bovino do mundo
(atrás somente da Índia) e o Terceiro maior de suínos e frangos (depois da
China e dos EUA). A pecuária tem utilizado novas tecnologias, que permitem
baratear o custo de produção. Tais tecnologias envolvem melhoramento genético,
inseminação artificial, vacinas e controle de zoonoses.
Atualmente, as zonas pastoris mais importantes estão no Centro-Sul,
onde predominam o gado leiteiro e os métodos científicos de criação. Na região
do Pantanal, predomina a criação do gado zebu para corte. Os suínos são criados
em todo o país, mas destaca-se a produção nos estados do Sul e dos Estados de
Minas Gerais, Bahia e São Paulo, Maranhão e Goiás. Os ovinos são criados em
quase todo o oeste do Rio Grande do Sul, na região de Alegrete, Dom Pedrito e
Uruguaiana. Os caprinos predominam no Nordeste que detém 91,2% desse rebanho do
país. Os maiores criadores de galináceos e ovos são os estados de São Paulo,
Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O Ministério da Agricultura e do Abastecimento tem planos de tornar o
Brasil o maior exportador de carne bovina do mundo. No entanto, terá de vencer
o maior obstáculo a esse plano, que é a febre aftosa, doença altamente
contagiosa, causada por vírus. Para erradicá-la, está investindo cerca de 30
milhões de reais em programas de controle dessa enfermidade.
Fonte: www.portalpositivo.com.br
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