Filosofia
– Texto 11 – Sobre a Ética (Aristóteles).
A ética pode ser traduzida como a busca racional e emocional pela
felicidade. O bem é a finalidade da
ética, o respeito, é o seu maior
representante. Não há como ser ético sem respeitar o outro, seu pensamento, sua
história e suas posses.
Aristóteles vê em todas as Substâncias existentes uma causa final. Com
a substância homem, não é diferente.
Segundo Aristóteles, o fim último do homem é a Felicidade, a eudaimonia e
esta felicidade é alcançada com a realização das potencialidades da vida
racional, a qual, por sua vez, corresponderia a máxima realização da essência
humana.
Levando isso em consideração, o melhor meio p se atingir este fim, que
é a felicidade, é o meio termo ou justa medida.
Esta justa medida (ou meio
termo) é o equilíbrio das excelências morais. Segundo Aristóteles, o
desequilíbrio, ou seja, o excesso ou a falta de alguma das excelências morais,
faz com que o homem faça escolhas erradas prejudicando sua ação. A escolha
certa vem da harmonia entre razão e emoção, entre a justa medida entre o
excesso e a falta. A razão sem a emoção é
fria; a emoção sem a razão é perigosa. A escolha correta vem da deliberação
– o pensar que antecede o fazer.
Nesse sentido, Aristóteles alerta para que o homem reflita sobre suas
escolhas e pratique a excelência moral, ou seja, a prática das virtudes, das
ações virtuosas. O homem faz o bem quando prática o bem, saber o que é certo ou
o que é bom não é o suficiente, deve-se praticar, treinar as excelências
morais. Essa prática vai resultar bons resultados quando feita com deliberação,
através da justa medida, do meio termo.
O hedonismo (a idéia que a felicidade vêm dos prazeres) não é vista
com bons olhos por Aristóteles, nesse sentido, uma vez que representaria um
excesso de prazer e, portanto, um desequilíbrio das excelências morais.
Outras formas de Felicidade:
Autarquia: Autosuficiência
do indivíduo que consegue viver sem bens materiais e consegue ver a felicidade
longe desses bens. A felicidade nesse caso seria a conseqüência da virtude e
não das riquezas, honras e prazeres.
Ataraxia ou Apatia:
Corresponde ao estado do homem constantemente imperturbável frente às emoções.
Uma condição de tranqüilidade, no qual independentemente dos fatos, o indivíduo
permanece inabalável, sem se deixar arrastar por alegrias e prazeres, nem por
dores e tristezas. Nesse estado consistira a verdadeira felicidade.
Essas formas de felicidade, esses conceitos influenciaram várias
correntes filosóficas que se estenderam durante o período do Helenismo, como o cinismo, o estoicismo e o epicurismo.
Dica de Leitura:
- O fim último do homem – Idalgo José Sangalli.
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