sexta-feira, 16 de março de 2012


Filosofia – Texto 11 – Sobre a Ética (Aristóteles).



A ética pode ser traduzida como a busca racional e emocional pela felicidade. O bem é a finalidade da ética, o respeito, é o seu maior representante. Não há como ser ético sem respeitar o outro, seu pensamento, sua história e suas posses.

Aristóteles vê em todas as Substâncias existentes uma causa final. Com a substância homem, não é diferente.

Segundo Aristóteles, o fim último do homem é a Felicidade, a eudaimonia e esta felicidade é alcançada com a realização das potencialidades da vida racional, a qual, por sua vez, corresponderia a máxima realização da essência humana.

Levando isso em consideração, o melhor meio p se atingir este fim, que é a felicidade, é o meio termo ou justa medida.

Esta justa medida (ou meio termo) é o equilíbrio das excelências morais. Segundo Aristóteles, o desequilíbrio, ou seja, o excesso ou a falta de alguma das excelências morais, faz com que o homem faça escolhas erradas prejudicando sua ação. A escolha certa vem da harmonia entre razão e emoção, entre a justa medida entre o excesso e a falta. A razão sem a emoção é fria; a emoção sem a razão é perigosa. A escolha correta vem da deliberação – o pensar que antecede o fazer.


Nesse sentido, Aristóteles alerta para que o homem reflita sobre suas escolhas e pratique a excelência moral, ou seja, a prática das virtudes, das ações virtuosas. O homem faz o bem quando prática o bem, saber o que é certo ou o que é bom não é o suficiente, deve-se praticar, treinar as excelências morais. Essa prática vai resultar bons resultados quando feita com deliberação, através da justa medida, do meio termo.

O hedonismo (a idéia que a felicidade vêm dos prazeres) não é vista com bons olhos por Aristóteles, nesse sentido, uma vez que representaria um excesso de prazer e, portanto, um desequilíbrio das excelências morais.


Outras formas de Felicidade:


Autarquia: Autosuficiência do indivíduo que consegue viver sem bens materiais e consegue ver a felicidade longe desses bens. A felicidade nesse caso seria a conseqüência da virtude e não das riquezas, honras e prazeres.
Ataraxia ou Apatia: Corresponde ao estado do homem constantemente imperturbável frente às emoções. Uma condição de tranqüilidade, no qual independentemente dos fatos, o indivíduo permanece inabalável, sem se deixar arrastar por alegrias e prazeres, nem por dores e tristezas. Nesse estado consistira a verdadeira felicidade.

Essas formas de felicidade, esses conceitos influenciaram várias correntes filosóficas que se estenderam durante o período do Helenismo, como o cinismo, o estoicismo e o epicurismo.



Dica de Leitura:


- O fim último do homem – Idalgo José Sangalli.

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