domingo, 18 de março de 2012


Filosofia – Texto 13 – Lógica, Argumentação e Falácia.



Você já deve ter dito ou escutado frases como estas: “É lógico!”, “Isso não tem lógica!”, ou “Que absurdo!”. Elas indicam uma oposição entre o que nos parece razoável e o seu contrário, ou seja, entre o que consideramos correto ou incorreto. Mas, será que existem regras a serem seguidas no ato de pensar? Será que existe um modo de evitar erros quando pensamos e expressamos nossos pensamentos? Podemos afastar completamente as ideias e as conclusões absurdas?

Foi justamente a busca dessa possibilidade que deu origem à lógica como um método para raciocinar corretamente e, portanto, um instrumento para a filosofia e as ciências. Aristóteles organizou esse método na forma de um conjunto de regras para guiarem o raciocínio.

Levando em consideração a filosofia pré-socrática, mais precisamente o embate entre Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia, Aristóteles buscou na ontologia (metafísica) as bases para os princípios fundamentais que orientariam as regras lógicas usadas para o raciocínio.



Princípios Fundamentais:



Ao organizar a lógica (que primeiramente se chamava analítica), Aristóteles estabeleceu três princípios da realidade que deveriam ser observados também nos raciocínios. Por esse duplo aspecto, eles são conhecidos como Princípios lógico-ontológicos, sendo fundamentais para a Metafísica e também para a lógica de origem aristotélica. São eles:

Princípio de Identidade: Cada coisa possui uma essência própria, um modo de ser que permanece idêntico e pelo qual ela pode ser percebida, pensada, definida.

Princípio de não contradição: Uma coisa não pode, ao mesmo tempo, existir ou ser pensada como o que é e como o contrário de si mesma.

Princípio do terceiro excluído: Uma coisa será isso ou o contrário disso, não havendo uma terceira possibilidade.

Argumentação:



Recebe o nome de argumentação todo o procedimento que se destina a defender a verdade de uma afirmação, utilizando-se de motivos, indícios, evidencias e raciocínios. Ao argumentar, uma pessoa pode ter dois objetivos distintos que, por sua vez, serão alcançados por diferentes caminhos. O primeiro é obter a persuasão, ou seja, levar o interlocutor a uma crença subjetiva, pessoal, em uma dada afirmação. Muitas vezes, isso se realiza por meio da manipulação de emoções e de outras crenças também pessoais. O segundo é obter a convicção, ou seja, despertar a crença objetiva, universal, na verdade de uma afirmação. Nesse caso, utiliza-se a demonstração, ou seja, a prova dessa verdade, pelo encadeamento da afirmação com outras, reconhecidamente verdadeiras.



Argumentos: são uma série concatenada de afirmações com o fim de estabelecer uma proposição definida.

Existem dois tipos de argumentos: Dedutivos e Indutivos.

Argumentos Dedutivos: Esses são geralmente vistos como os mais precisos e persuasivos, provando categoricamente suas conclusões. Possuem três estágios: premissas, inferência e Conclusão. O argumento dedutivo parte de uma verdade universal e chega a uma verdade singular. Ex. O silogismo.

Ex. Todo o homem é mortal Þ Primeira premissa – Universal

       Sócrates é homem. Þ Segunda premissa – Particular

       Logo, Sócrates é mortal Þ Conclusão.  



Outro exemplo:

Só há fogo se houver oxigênio.

Na lua não há oxigênio.

Logo, na lua não pode haver fogo.



Argumentos Indutivos: É uma forma de raciocínio que geralmente parte de enunciados singulares e infere-se um enunciado universal.  O contrário do dedutivo, portanto.

Exemplo: Miguel e Rafaela são bons em matemática e jogam xadrez;

                Rodrigo joga xadrez;

                Então, Rodrigo é bom em matemática.



Outro exemplo:
 

   Os alunos do primeiro ano Lucas, Carla, Lauro e Letícia, são péssimos alunos de português. Logo todo o primeiro ano é péssimo em português.


A indução infere-se de casos particulares uma generalização.



Falácia: É um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que se alega. Em outras palavras, é um discurso sem a fundamentação lógica.



Fonte Consultada: Editora Positivo. Filosofia.





Dicas de Leitura:

-  Sabedoria das Palavras – Humberto Rodhen

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