quarta-feira, 28 de março de 2012




Filosofia – Texto 16 – Teoria do conhecimento



O que se entende afinal por conhecimento? Em que consiste a teoria do conhecimento? Iniciaremos esclarecendo a segunda pergunta. A teoria do conhecimento pode ser entendida como a investigação acerca das condições do conhecimento verdadeiro, em outras palavras, a Teoria do Conhecimento é uma reflexão filosófica com o objetivo de investigar as origens, as possibilidades, os fundamentos, a extensão e o valor do conhecimento.

Embora o problema do conhecimento tenha preocupado filósofos desde a antiguidade, somente a partir da idade moderna a teoria do conhecimento passou a ser tratada como uma das disciplinas centrais da filosofia.

Voltamos à primeira pergunta. O que se entende por conhecimento? De uma maneira geral “conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior à mente” (Richard Rorty – A filosofia é o espelho da natureza).

A representação, por sua vez, é o processo pelo qual a mente torna presente diante de si a imagem, a ideia ou o conceito de algum objeto. Portanto, para que exista conhecimento, sempre será necessário a relação entre dois elementos básicos: Um sujeito que conhecedor (nossa consciência, nossa mente) e um objeto conhecido (a realidade, o mundo, os inúmeros fenômenos). Só haverá conhecimento se o sujeito conseguir apreender o objeto, isto é, conseguir representá-lo mentalmente.

Dependendo da corrente filosófica, será dada, no processo do conhecimento, maior ou menor importância ao sujeito (é o caso do idealismo) ou ao objeto (é o caso do materialismo, ou realismo).



Para o realismo (materialismo ou empirismo), as percepções que temos dos objetos correspondem de fato às características presentes nesses objetos, na realidade. Os objetos é que determinam o conhecimento.

O realismo mais ingênuo acredita que o conhecimento ocorre por uma apreensão imediata das características do objeto, isto é, o objeto se mostra como realmente é ao sujeito que percebe, determinando o conhecimento que então se estabelece. Há outras formas de realismo, no entanto, que problematizam a relação sujeito-objeto, mas mesmo assim elas têm em comum a ideia de que o objeto é determinante no processo do conhecimento.



Já segundo o idealismo (racionalismo), o sujeito é que predomina em relação ao objeto, isto é, a percepção da realidade é construída pelas nossas ideias, pela nossa consciência. Assim, os objetos seriam “construídos” de acordo com a capacidade de percepção do sujeito. Conseqüentemente, o que existiria como realidade é a representação que o sujeito faz do objeto.

Também no idealismo há posições mais ou menos radicais em relação à afirmação do sujeito como elemento determinante na relação de conhecimento.

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